domingo, 31 de agosto de 2008

Tartarugas ... amigos que não devem ser esquecidos

Nas fotos abaixo podemos observar uma das espécies mais popular nos últimos anos: Chrysemis scripta elegans também conhecida como "Red eared slider", que por motivos de ordem natural, um deles o seu carácter predador, há relatos de abandono desta espécie nos lagos e nos rios da Europa com distúrbios no equilíbrio das espécies nativas o que actualmente levou à proibição da sua importação.





















Tartarugas ... amigos que não devem ser esquecidos

Cuidados básicos com o aqua-terrário

Há imensas hipóteses de escolha no que diz respeito a recipientes para manter as nossas tartarugas e as regras, ou conselhos, são iguais seja qual for a opção.

Assim o recipiente não deve ficar completamente cheio de água (alguns modelos tipo aquário deverão ficar no mínimo, com o nível de água cerca de 10cm abaixo da tampa, o que permitirá às tartarugas subir para as zonas secas ou mergulhar na água se se assustarem por qualquer razão. A temperatura da água deve oscilar entre os 25 e os 27ºC e nada como um bom aquecedor submersível, convenientemente fixo e com sistema protector (sugiro aqui a utilização dos modelos da sera) para evitar danos ou deterioração desnecessária.

Um dos factores mais importantes e quase sempre negligenciado é a filtragem da água. As tartarugas são deveras poluentes. Também não podemos esquecer que elas bebem água e a única disponível é a do recipiente onde nós as colocámos. Daí que devemos também escolher um bom filtro adaptado ao recipiente (como sugestão refiro o serafil 380) e à respectiva quantidade de água. E quanto a mudanças de água ficamos com a certeza de que 10% todos os dias é melhor do que 50% ao fim de semana … No caso de usarmos água da torneira podemos sempre acondicioná-la com o sera aquatan, pois não nos devemos esquecer de que todos os animais sofrem com o Cloro, componente necessário à desinfecção da água para consumo humano.

Há também a possibilidade de manter tartarugas e peixes no mesmo recipiente, o que é sempre muito atractivo. Sei que por vezes isto não é muito fácil, pois os peixes são bem mais sensíveis à poluição do que as tartarugas; por outro lado as tartarugas num qualquer dia que acordem com apetite fora do comum podem sempre dar uma dentada nos apetitosos vizinhos; isto se nós nos descuidarmos com a alimentação ou se esta não for a mais indicada (a minha sugestão é o sera raffy i e o sera raffy p). Se decidir juntar peixinhos aconselho os conhecidos peixes vermelhos, os ‘Cometas’, que lhe pareçam saudáveis e de tamamho médio.

Assim um recipiente (já sei ... é quase um aquário) com tampa e uma boa lâmpada para répteis (da linha sera terra uv), pode tornar-se num pequeno quadro vivo com estes animais. Há que lembrar que eles não são pequenos brinquedos e devemos habituar as crianças a lavar as mãos antes e depois de qualquer contacto com as tartarugas.

Respeitando estas pequenas dicas diminuirá os riscos de doenças, permitindo o crescimento saudável das tartarugas num ambiente também ele saudável para elas e para si.

marioadearaujo@gmail.com









sábado, 30 de agosto de 2008

A importância das Vitaminas

Neste pequeno artigo recordamos o papel das vitaminas e como podem contribuir para o bem estar dos nossos amigos de penas.


Pesquisa e adaptação: Mário d'Araújo
















Na foto à esquerda podemos ver
um magnífico exemplar macho do
popular Mandarim, Poephila guttata









Nesta foto podemos também ver
outro pássaro muito popular
o Pardal de Java, Lonchura oryzivora
a que muitos
chamam de Pássaro da Felicidade
e que na América do Norte é apelidado
como Pássaro do Arroz



A noção de doença por carência foi introduzida por G. Grijns e C. Eickman, que descobriram na casca do arroz uma substância que protegia as populações do Beribéri. Esta substância foi baptizada de vitamina (vitamina B). As pesquisas sobre as vitaminas, a partir daí, levaram à obtenção de resultados interessantes. Hopkins, por exemplo, alimentou ratinhos com caseína, sal e açúcar, mantendo-os vivos mas sem qualquer tipo de desenvolvimento. Bastou-lhe adicionar gorduras (leite, gema de ovo ou manteiga) para reactivar o processo de crescimento. Ele concluiu, de forma correcta, que as gorduras continham um estimulante do crescimento indispensável para o organismo, mais tarde denominada de vitamina A.

Muitas outras vitaminas foram descobertas com o passar dos anos, todas elas designadas por uma letra. Conseguiu-se depois estabelecer a composição das vitaminas, se bem que muitas delas sejam sintetizadas. Nestes casos foi atribuído um nome científico indicador da sua composição; a vitamina C, por exemplo, é conhecida sob o nome de ácido ascórbico.

Vitamina A (liposolúvel)
Protege a membrana mucosa de infecções, como por ex: a Candidíase.

Vitamina B (hidrosolúvel)
Muito importante para o processo metabólico dos alimentos e daí conseguir um crescimento e uma plumagem saudáveis. As deficiências em Tiamina (vitamina B1) podem originar distúrbios nervosos.

Vitamina C (hidrosolúvel)
Mantém a pele saudável e é um óptimo agente anti-infeccioso.

Vitamina D3 (liposolúvel)
Essencial na captação e distribuição das reservas de Cálcio por todo o organismo, juntamente com o Fósforo.

Vitamina E (liposolúvel)
Popularmente conhecida como importante para a fertilidade, mas que no caso das aves não foi, ainda, demonstrado. Desempenha um papel importante a nível metabólico e no crescimento.

Vitamina K (liposolúvel)
Vital para a qualidade do sistema sanguíneo, melhora a coagulação.

Estudos mostraram também que várias vitaminas, que à partida eram consideradas como se de uma só substância se tratasse, eram na realidade substãncias compostas. Um dos exemplos é a vitamina B, composta pelo menos por 12 substâncias; as vitaminas B1, B2, B6 e B12 são as mais conhecidas. Neste caso também falamos do complexo B.

As vitaminas têm Carbono (C), Hidrogénio (H), Oxigénio (O) e muitas vezes Azoto (N), algumas vezes Enxofre (S) e Fósforo (P). O único mineral presente na vitamina B12 é o Cobalto (Co).

O papel mais importante das vitaminas é o da perfeita manutenção das células e a optimização de funcionamento de todos os órgãos. Podemos distingui-las, conforme já descrito acima, como Hidrosolúveis e Liposolúveis, podendo estas ser encontradas na dita massa gorda. O Homem e os animais podem, regra geral, mantê-las como reserva já que não são excretadas na urina. Pelo contrário as Hidrosolúveis não são armazenáveis no organismo e devem por isso ser distribuídas de forma continuada e mesmo que em excesso serão sempre eliminadas por excreção urinária.

marioadearaujo@gmail.com



sábado, 12 de julho de 2008

Alimentos especiais

Alimentos funcionais: Prebióticos e Probióticos
Tradução e adaptação: Mário d’Araújo

Introdução

Recentemente surgiu, de forma positiva, entre os criadores dedicados à Ornitologia Desportiva ou não, que já utilizam ou experimentaram o uso de algum Probiótico nas suas aves, o desejo e a necessidade de saber o que são e como actuam os Prebióticos no organismo dos pássaros em cativeiro.

Pela novidade do tema e a importância de que para “melhorar a saúde, evitar o ‘stress’, retardar o envelhecimento e proporcionar uma óptima qualidade de vida às aves de companhia” pode implicar o recurso e uso de algum Prebiótico ou Probiótico. Daí este trabalho de pura e simples divulgação.

Começaremos pela definição da palavra Prebiótico, segundo a Dra I. Goñi da Faculdade de Farmácia da Universidade Complutense de Madrid, que nos diz que é “o ingrediente alimentar não digerível, que afecta de forma positiva o seu consumidor estimulando de forma selectiva o crescimento e actividade de um número limitado bactérias benéficas residentes no intestinoI”, que no nosso caso são as aves.

Para terminar acrescentaremos que a palavra Probiótico é definida, pelo Prof. B. Mayo do C.S.I.C. das Astúrias, como “suplementos alimentares com bactérias vivas que contribuem para o equilíbrio microbiano do trato intestinal”.

Há já mais de duas décadas que se conhece a utilização dos lactobacilos intestinais, se bem que actualmente se utilizem muitas outras estirpes de ‘bons’ agentes microbianos.

Resumindo, cremos que se pode dizer que os Prebióticos e os Probióticos formam um conjunto de elementos conhecidos que se denominam como alimentos funcionais, já que são “ingredientes alimentares que produzem efeitos benéficos para a saúde”, o que permite entender como é possível actuar de forma natural e benéfica na melhoria do sistema imunitário das aves de modo a evitar, adiar ou reduzir os efeitos nocivos das doenças, melhorando assim a qualidade de vida dos exemplares mantidos nos nossos viveiros.

Antioxidantes nutricionais

A informação e a experiência sobre o uso e utilização em aves de cativeiro do Prebiótico pelo ornitólogo Alfonso B. García, é muito recente que o mesmo só pôs em prática depois de ter lido um artigo “O regresso ao império do natural” da Dra Elinor McCartney.

O prebiótico é um extracto de citrinos bioestabilizados, que disponibiliza uma elevada percentagem de Bioflavenóides e Ácido Ascórbico (Vit. C), entre outros componentes naturais próprios dos citrinos.

Foi uma firma da especialidade que disponibilizou o contacto da sua veterinária especializada em nutrição animal, Dra Marta Navarro, possuidora de um alto nível técnico-científico, a qual por sua vez facilitou toda a informação a Don Alfonso B. García sobre os benefícios que pode trazer o referido Prebiótico como complemento da alimentação das aves.
E com a assessoria da Dra Marta Navarro, Don Alfonso B. García iniciou uma série de experiências práticas da aplicação do Prebiótico correctamente doseado e misturado com a papa de criação.

Os resultados iniciais mostraram-se de todo positivos o que o levou à redacção de um trabalho que considera interessante para todos os que se dedicam à Ornitologia Desportiva ou não.

Em qualquer viveiro podem ocorrer uma série de situações capazes de introduzir elementos patogénicos infecciosos que podem provocar ‘stress’ social ou ambiental suficiente para incrementar as patologias das nossas aves.

Estas circunstâncias podem ser:
chegada de aves novas, adquiridas por compra ou trocas com o fim de melhorar o grupo de reprodutores ou de reduzir a consanguinidade
participações frequentes das nossas aves em concursos ou exposições
excesso de visitas às nossas instalações
a aquisição de novas misturas de sementes ou outros alimentos
mudanças bruscas de temperatura e outros factores do tratamento diário

E além disso se possuímos um exemplar que pela sua importância genética, a sua capacidade reprodutora, a sua beleza fenotípica, a qualidade de canto, no caso dos canários, a beleza da forma ou da postura, começamos, sem dar por isso, a dar-lhe mais atenção, muitas vezes com sentimentos à mistura, o que lhe provocará uma envelhecimento precoce e os tornará mais vulneráveis aos efeitos negativos citados anteriormente.

O envelhecimento das aves em cativeiro não se pode considerar uma doença mas sim com uma perda progressiva e imperceptível da capacidade de adaptação, consequência de uma deficiência funcional dos seus diferentes órgãos, ou seja, um síndrome geriátrico.

As mais recentes investigações mostraram que os antioxidantes nutricionais naturais, têm capacidade suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos seus consumidores. Tem cada vez mais adeptos a ideia de que a administração prolongada de um suplemento ou ingrediente adicional antioxidante na dieta diária, é passível de potenciar os mecanismos de defesa natural das aves.

O Prebiótico, utilizado neste ensaio, é um produto de origem natural obtido a partir de quatro variedades de citrinos: a Tangerina, a Laranja, o Limão e a Toranja, todos eles ricos em bioflavenóides, vitamina C e ácidos gordos polinsaturados, que actuam no organismo da ave de forma lenta mas progressiva e continuadamente.

A associação dos bioflavenóides com a vitamina C possui efeitos sinérgicos que potenciam a sua actividade metabólica antioxidante. O primeiro nível de actuação do produto realiza-se no trato digestivo, onde exerce uma função reguladora da flora intestinal que por sua vez protege as mucosas digestivas.
Depois de absorvido protege o sistema imunológico das aves o que melhora a resposta do organismo contra o ‘stress’ e as doenças.

Passadas duas semanas de administração do Prebiótico, foi observada uma modificação nas fezes das aves: mais compactas (menos líquidas do que o normal), apesar de mantida a dieta habitual, com a dose diária de alface e maçã.
Assim, Don Alfonso B. García, constantou que:
que o ‘odor típico dos viveiros’, consequência da acumulação, semanal, de fezes nos tabuleiros do fundo, diminuiu consideràvelmente, apesar das temperaturas de Verão
que as fêmeas alimentavam os filhotes normalmente e estes apresentavam um desenvolvimento normal
que a muda decorria sem problemas e as aves de factor vermelho assimilavam perfeitamente os pigmentantes à base de caroteno durante a mesma
não ocorreram baixas superiores ao normal durante o período de criação e todas as aves, jovens ou adultas, mostram alegria e saúde cantando, boa pigmentação e plumagem brilhante

Por tudo isto e pela parte prática atrás descrita, acreditamos que a administração de Prebiótico nos ajudará de certeza a controlar as patologias intestinais das nossas aves, a estimular o sistema imunitário, a reduzir o ‘stress’ ambiental e a retardar o síndrome geriátrico, melhorando pois a saúde das nossas aves.

Conclusões

Para terminar poderemos dizer que com esta experiência de Don Alfonso B. García não nos devemos esquecer que a arte de curar com elementos naturais originários do reino vegetal, é tão antiga como a própria humanidade, aquilo a que chamamos de Fitoterapia.

As técnicas actuais permitem melhorar o conhecimento e o uso destas substâncias naturais para nosso benefício, o que nos facilita a reserva de substâncias sintéticas, como os antibióticos, para combater situações infecciosas concretas e graves, reduzindo a hipótese de resistência bacteriana a esses mesmo antibióticos.

Consideramos de todo importante que todos os aficcionados pela criação de aves, quer a nível desportivo ou só pelo prazer da sua companhia, obtenham o máximo de informações que demonstram a vantagem da utilização dos Prebióticos.


marioadearaujo@gmail.com

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Os Inseparáveis

Um inseparável em casa

Dr Louise Bauck
Traduzido e adaptado por: Mário d’Araújo

Um Inseparável criado à mão é um pássaro excepcional e meigo. Estes pequenos periquitos têm a personalidade dos periquitos comuns, apesar de mais pequenos, o que torna mais fácil a sua manutenção de forma feliz e activa.


Na foto à esquerda
podemos ver 3 variedades ou
se quiserem 3 mutações:
a azul, a amarela e a verde


Os Inseparáveis são muito robustos e resistem à maioria das doenças que ameaçam os periquitos, as caturras, etc. O seu comportamento brincalhão e as suas cores soberbas deixam os seus proprietários mais felizes em qualquer casa ao ponto de até tolerarem sessões ocasionais de pios e mais pios! A criação de Inseparáveis constitui um óptimo passatempo e alimentar os filhotes à mão uma maravilhosa aventura. A maioria dos especialistas afirma que as variedades ‘face de pêssego’ com as suas inúmeras mutações são a melhor escolha como animais de companhia, se criadas à mão. Outras espécies são mais conhecidas pela sua beleza do que pela sua duração em cativeiro. Peça ao seu fornecedor ou mesmo ao criador, todas as informações possíveis sobre as condições em que a ave se encontrava de modo a evitar grandes mudanças no tipo de alimentação, etc. Se tiver essa possibilidade, leve a ave ao veterinário passada uma semana da compra (ou da oferta) da mesma. Uma ave criada à mão, cheia de mimos, pode fàcilmente sentir solidão. Contudo muitos dos aficcionados gostam de ter dois Inseparáveis juntos com o desejo de os verem acasalar. Para isto deverá adquirir uma segunda ave algum tempo depois. A determinação do sexo poderá ser um problema, pois os machos são muito parecidos com as fêmeas, mas peça também ao seu fornecedor ou ao criador que o ajude nesta questão.

Em quarentena
Mantenha o recém chegado Inseparável num local sem outros pássaros, durante 30 dias pelo menos, com atenção para o comportamento e para as fezes. As aves novas precisam de gaiolas bem limpas e seguras, num local tranquilo. A escolha submete-se a algumas regras: as grades não devem ser mais largas do que a cabeça da ave para impedir esta de correr o risco de ficar presa. Nos primeiros dias deve deixar comida no fundo da gaiola até que o seu Inseparável encontre os novos comedouros. Deve deixar água em mais do que um local até que ele se oriente bem. A utilização de poleiros de vários diâmetros permite o exercitar das patas de forma correcta. Muitos veterinários recomendam ramos frescos. O seu Inseparável adorará esta opção, sejam ramos de macieira, nogueira, chorão ... os brinquedos são também muito importantes para aves tão inteligentes como os Inseparáveis.
Deixe as suas aves fora da gaiola uma a duas vezes por dia, certificando-se de que podem ‘voar em segurança’. As cozinhas não são nada boas ... muitos perigos escondidos como panelas quentes, vapores de gordura, etc.
Não os misture com outros animais da casa. Muitos dos proprietários cortam ligeiramente as penas das asas dos seus Inseparáveis durante o Verão, pois eles podem fugir por uma janela ou uma porta que ficou aberta. O veterinário pode mostrar-lhe como cortar as penas das asas sem perigo.
Não se esqueça de oferecer a possibilidade de um banho diário. A mais fácil é a utilização de um borrifador para plantas. O ar fresco e o sol também são benéficos para todos os animais. Dê algum tempo de ar livre ao seu Inseparável, durante as épocas mais quentes, tendo o cuidado de manter a gaiola num local abrigado dos excessos de sol, vento ou chuva.

marioadearaujo@gmail.com

Passear de carro

E que tal uma volta de carro com o Cão?
Pesquisa e adaptação: Mário d’Araújo

Sair e passear de carro com o seu Cão pode ser uma boa forma de passar momentos agradáveis ou de um nunca acabar de chatices. Vejamos o que se pode fazer para que tudo seja divertido ...

Se é daquelas pessoas que vai de carro para tudo quanto é sítio, ao centro, à praia, ao parque, etc., e ao mesmo tempo sente a falta do seu melhor amigo, que acaba por não o acompanhar porque já lhe sujou ou estragou os estofos com as patas, roeu a alavanca das velocidades, ou acabou por enjoar e vomitou pelo caminho ... Pois é!! Então não era para ser divertido?





Na foto à esquerda o cão está confortável
e seguro com equipamentos Trixie



















A idade adequada aos primeiros passeios

O cachorro poderá experimentar os primeiros trajectos a partir dos seis meses de idade. Mais jovem é complicado pois tem que comer várias vezes ao dia, não podendo ficar em jejum prolongado, sendo o jejum, de acordo com os conselhos veterinários, uma das condições básicas para o passeio. Para além disto os cachorros mais novos comem muito e qualquer curva mais apertada ou solavanco mais brusco poderá ‘oferecer’ a vontade de vomitar. Por isso deverá evitar deslocações de automóvel, salvo ida ao veterinário, a cachorros com menos de seis meses.

Habituar o Cão ao automóvel

Antes de passearmos deveremos deixar o Cão entrar e sair do carro várias vezes, ficando com ele lá dentro entre a brincadeira e a mimalhice, até que ele se sinta confortável dentro do carro. Depois de alguns ‘treinos’ deste tipo poderá pedir a alguém que conduza o carro num pequeno trajecto durante o qual se sentará ou com o cachorro ao colo se este for pequeno, ou com ele ao seu lado de for muito grande. Os passeios serão cada vez mias longos e chegará ao ponto do cachorro adormecer sem problemas.

E onde é que o Cão deverá viajar?

Para já longe do condutor para que não haja a hipótese de o atrapalhar. No banco de trás ou mesmo na bagageira (nos casos das carrinhas). Não o deixe viajar de pé. Arriscado na altura das travagens. Habitue-o a viajar sentado ou deitado.
Mantenha as janelas fechadas para evitar as correntes de ar violentas, particularmente nos cães de orelhas grandes ou altas. Mesmo pequenos grãos de areia podem atingir os olhos do seu amigo. E se ele for muito traquina, não pára sossegado de maneira nenhuma, prenda-o com uma trela curta que lhe reduza a mobilidade, sem que no entanto se sinta castigado.

Mas o Cão não vai enjoar?

Os vómitos são mais frequentes nos cachorrinhos e nos que não estão habituados aos movimentos do automóvel. No caso dos passeios curtos (ir à praia, etc.) espere que ele faça a digestão ou vá antes das refeições. Se vai fazer uma viagem grande o ideal será deixá-lo em jejum nas 12 horas que antecedem a saída, apesar de haver quem defenda a utilização de comprimidos para o enjôo. Não se esqueça de reduzir a velocidade nas zonas com muitas curvas.
Assim como nós, também o Cão tem necessidade de sair do carro e caminhar um pouco, beber água ou urinar. Aproveite para parar de vez em quando.
Agora só faltam os estofos

Para os proteger da baba, dos pêlos ou das patas sujas, arranhões e vómitos, cubra-os com um pano de tecido resistente (plástico não, o Cão escorrega). Regra geral os Cães não estragam os estofos durante os percursos, mas podem fazê-lo se deixados sózinhos dentro do carro durante muito tempo. Se tiver mesmo que o deixar dentro do carro, procure um local com sombra, deixe as janelas entreabertas e algum tipo de brinquedo para ele se distrair. Esconda os seus objectos de uso pessoal.
Se por acaso ele tentar estragar alguma coisa à sua frente deverá ser enérgico no seu ‘NÃO!’

E para sair do carro?

Não deixe nunca o seu Cão sair do carro sem a sua autorização. Segure-o pela trela e habitue-o a esperar pela sua ordem. Assim evitará que ele salte pela porta fora em locais de circulação automóvel.

Não se esqueça de que o seu Cão confia em si ... Retribua essa confiança com a paciência e a amizade digna de um ser dito racional ...

E faça boas viagens!!!


marioadearaujo@gmail.com